Influência do Estado Emocional na Vida Profissional

Um heterogêneo grupo de mulheres reuniu-se na noite de 24/março para refletir sobre a Influência do Estado Emocional na Vida Profissional das Mulheres.  Apesar de oriundas de diferentes áreas de atuação (entre as quais: arte educação, publicidade, saúde, administração, educação pré-escolar, memória empresarial, terceiro setor, jurídica, marketing, decoração e finanças), inquietações muito similares relacionadas ao tema foram identificando o grupo.
Esta foi uma das palestras realizadas dentro do Ciclo Mulheres e Poder, organizado pelo Wall Street Institute e parceiros, entre os quais, o Projeto Instigar. Mas muito mais do que uma tradicional palestra, minha proposta foi transformar o evento em um encontro, onde fosse possível realizar trocas efetivas entre as participantes.

A primeira questão que instiguei o grupo a pensar, foi sobre a necessidade de desconstruir o próprio título da palestra. Uma vez que o ser humano é pulsional por natureza, o estado emocional está constantemente presente, e portanto não é possível manter uma compartimentalização saudável entre “vida emocional” e “vida profissional”. O fato é que o nosso estado emocional está constantemente influenciando nossa vida, tanto em âmbito pessoal quanto profissional – isto é indissociável.
O assunto é bastante amplo, então o recorte proposto ao grupo foi analisar os processos psíquicos envolvidos por trás de duas questões importantes e bastante comuns: a ansiedade e a destrutividade, e como estas duas questões se colocam no contexto de trabalho.
Porém, seguramente a segunda parte do encontro foi a mais importante, onde o grupo foi convocado, com base na análise teórica realizada e nas experiências emocionais das participantes, a construir um conhecimento grupal sobre formas mais saudáveis de se lidar com as questões discutidas.
Apesar de não ser possível reproduzir neste curto artigo a experiência vivenciada pelo grupo durante esta atividade, compartilho aqui anotações de algumas expressões chave construídas pelo grupo:
  • Acerte as contas com você mesma / não tente achar as respostas nos outros.
  • Sinta-se humana: reconheça que sentimentos existem e legitime isto.
  • Não se desmereça / Valorize-se.
  • Aceite os seus limites, sem cobranças e culpas.
  • Perceba como o processo é cíclico.
  • Exercite sua resiliência.
  • Lide melhor com a auto-destrutividade, gerenciando-a e transformando-a.
  • Reconheça qual o gatilho que vai disparar as situações de ansiedade, e fique um passo antes.
  • Exercite o auto perdão.
  • Reconheça que o outro existe.
  • Peça perdão ao outro.
  • Transforme os “não ditos” do grupo de trabalho em uma questão coletiva, para ser solucionado pela coletividade.
  • Envolva e comprometa outros atores e parceiros em nome da área, usando caminhos alternativos.
  • Conviva melhor com os “jabutis”, sendo mais política e preservando-se.
Espero que este resumo da construção do grupo instigue você a repensar formas mais saudáveis de lidar com o seu estado emocional na sua vida profissional.
Cuide-se!
Débora Andrade
Psicanalista

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